“O que você está fazendo agora? É algo que você realmente ama?”

Dando uma navegada ontem a noite, encontrei um vídeo bem bacana – meio antigo, de um mês e meio atrás – que tenta ilustrar um pouco da geração Y, ou seja, os caras que nasceram nos anos oitenta e hoje tem vinte e poucos anos. O vídeo é bem empolgante e motivador, e usa cenas de diversos filmes conhecidos – e deve ter dado um baita trabalho de pesquisa. Reza a lenda que este tipo de ser humano é notadamente diferente daqueles que, como eu, nasceram nos anos 70 por que já nasceram mais expostos a diversas tecnologias que não existiam quando eu nasci. São ainda mais diferentes ainda dos Baby Boomers, que são os que nasceram antes de duas décadas antes deles. 

O vídeo tenta falar um pouco destas diferenças e tenta marcar uma posição de “nós somos mais bacanas que o resto da civilização”, mas não é de todo mal! Não quero fazer aqui uma análise antropológica ou sociológica do vídeo (por que ambos iam se dar mal, eu e o vídeo). Também vale a pena citar que o vídeo quer marcar uma posição e ditar uma tendência, um modelo, que de fato não é realista para todas as pessoas. Ainda bem, senão iríamos terminar num mundo egocêntrico, mas politicamente correto. Mas os comentários contra, a favor e “muito pelo contrário” já estão lá no Vimeo e no Youtube.

Fazer o que se ama

Mas voltando, existe neste vídeo uma idéia escondida atrás de todo o blá-blá-bla. Esta idéia está nas pontas do vídeo, no início e no final, e esta sim é bem bacana! Começa com “O que você está fazendo agora? É algo que você realmente ama?” e termina com “Descubra o propósito da sua vida e faça acontecer. (…) É o único jeito de viver uma vida plena. Todos os dias.” Deixando de lado os aspectos do trabalho e geração X, Y, ou Z, acho que estamos falando de uma verdade a ser buscada. Acaso não deveríamos fazer o que a gente ama, a maior parte do tempo? Acho que isso é uma realidade, até pra um médico apaixonado pelo que faz ou uma professora do interior do Brasil – e a medida que mais pessoas tenham condições de ter acesso às condições básicas de saúde e educação – poderão fazer deste conceito sua realidade. 

Mas, não me refiro aqui tão somente a realidade do trabalho – que acaba parecendo a mais evidente – mas sim sobre a capacidade do ser humano em se esforçar por criar coisas novas, por perseguir os seus sonhos e por mudar as realidades que o cercam. Em essência, todos os seres humanos nascem com um chamado similar: empreender. Empreender para fazer a sua vida plena. Seja no que for, empreender é chave para sua própria realização.

Empreender é realizar-se

E voltando ao “Empreender” empresa e voltando aos Geração Y, outro documento bem interessante. Um grupo de “Generation Y” se reuniram num clube fechado (quase me lembra a Escola para Jovens Superdotados do Professor Xavier) para escreverem um documento sobre empreender, visando criar um mundo melhor (pelo menos pra eles). Deixando o sarcasmo de lado, o documento é bastante interessante e conta como estes caras conseguiram empreender, a partir de correr atrás de suas paixões. O Playbook é um exemplo de um pouco disso tudo. Efetivamente, quem corre atrás daquilo que ama, certamente será recompensado com algo muito especial.

Realizar-se no fundo, é realizar plenamente aquilo a que você é chamado: as suas capacidades e potencialidades, sejam elas quais forem. A experiência de viver plenamente correndo atrás de seus sonhos, e realizá-los pouco a pouco por mais que hoje eles sejam impossíveis.

O livro acima (que você pode baixar no link) conta com  a colaboração da brasileira Bel Pesce ( @belpesce ), uma jovem empreendedora de sucesso. A Bel foi graduada pelo prestigiado MIT, e tem passagem por empresas do Vale do Silício, e hoje é uma das sócias de uma startup promissora, a Lemon – que atua criando uma réplica digital de uma carteira comum. A ideia é colocar num só lugar cartões de fidelidade, plano de saúde, cartão de crédito, e similares.

Bel Pesce é a autora do livro “A Garota do Vale”, sobre sua experiência no Vale do Silício. (Você pode baixar o livro gratuitamente no site do livro). Ela é muito simpática e acelerada (como podemos ver no vídeo acima), gravado há poucos dias na Campus Party de Recife. Basicamente, ela conta como conseguiu, perseguindo os seus sonhos, dar conta de tudo aquilo que ela sempre quis, e com apenas 24 anos ter realizado muitas coisas das quais nós só pensamos em fazer. Em síntese, a Bel Pesce compreendeu claramente como alinhar o que ela queria (amava), o que ia realizar ela (realização) e fez!

Amar – Realizar – Fazer

Parece o título de uma nova edição de um famoso livro, mas não é. Se você não faz o que ama, não se realiza e acaba executando algo mediocremente. Por outro lado, não adianta você amar muito alguma coisa, se ela não é capaz de te realizar. Se ela não te realiza, ficará como um amor platônico, não irá adiante. Já se você ama alguma coisa, e ela te realiza, mas você não o faz, quem se frustrará é você. Você poderá ser um colecionador de idéias, mas um realizador de nada. Inclusive, uma idéia mais ou menos, executada – é melhor que uma ótima idéia – só no papel!

Portanto, este trinômio Paixão – Realização – Execução deve andar colado naquilo que você faz todos os dias. E não estou falando apenas de trabalho, mas de cada coisa que é importante pra você. O ideal é de fato fazer o que você ama, realizar-se e empreender (executar!). Por isso, não perca tempo: quando você vai parar e fazer aquilo que você ama, aquilo que te realiza??

 

 

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