Desde a bolha da internet, em 2001, a gente começa a prestar atenção nas aplicações que vão aparecendo, e se pergunta quais fazem parte de uma nova futura bolha, ou seja, aplicações sem sustentabilidade, do ponto de vista de negócios, mas que acabam crescendo em valor financeiro.
Mas quando você acha uma aplicação legal, acaba não prestando mais atenção nisso e fica só curtindo, sem pensar muito no fim último daquilo tudo, em termos de negócios. Um destes exemplos mesmo é o Twitter.
Dias destes, via Twitter mesmo, o René de Paula Jr fez várias provocações interessantes:
pensem nos icones do 2.0: wikipedia, twitter, youtube. so existem porque alguem banca o preju contínuo e isso nao é replicavel fora dos EUA.
em suma: revolucionario nao é quem cria servicos a la twitter. revolucionario é o investidor que resolve bancar isso (e dele ninguem fala)
minha duvida atroz é: por que economia e grana foram sublimados do discurso sobre tecnologia, como se nao fossem questoes (embora sejam)?
Isso tudo me lembra sempre daquela frase “there ain’t no such thing as a free lunch”, e ajuda a dar uma pensada no futuro de médio prazo destas aplicações em termos práticos e de negócios.
Por um lado, nem toda aplicação grátis tem uma receita óbvia: o mundo open source, visto como grátis, vive basicamente de serviços, e até mesmo serviços como o Messenger (Yahoo ou Microsoft) ganham receita com publicidade. Há também o modelo traficante, que é: deixa o usuário usar de graça e depois a gente cobra dele ou dá um jeito de ganhar receita em algum lugar.
Mas em muitos casos, é simplesmente falta de planejamento e percepção ou acreditar em “vacas voadoras”. No mundo real, os investidores estão olhando pra resultados… bem, pelo menos, deveriam…
Sílvio,
Brilhante post! Impecável!