Navegando muito além do Bitcoin…

Desde que comecei a analisar e estudar sobre as criptomoedas, muito antes dos altos e baixos do Bitcoin, se tivesse feito um grande e significativo investimento nas moedas em que eu acreditava, não teria perdido dinheiro. Até hoje, as moedas que escolhi jamais desceram daquele patamar daquela época. Portanto, se o Bitcoin é ou não um risco, por exemplo, depende muito de quando você investiu.

Assustados pela possibilidade de bolha, ou motivados pelas notícias superficiais da imprensa, muita gente perde a oportunidade de investimentos interessantes: sejam eles em outras moedas ou em tecnologias. Para dar uma visão além do Bitcoin, queria pontuar algumas coisas:

  1. É preciso estudar – no Brasil, todos achamos que nascemos sabendo. Lemos um tweet e já temos opinião formada. Se em quase nada na vida devemos tomar decisões sem saber bem o que estamos fazendo, no mercado de investimentos nossa preocupação deve ser ainda maior. E quando estamos falando de algo novo como o mercado de criptomoedas, é preciso estudar mais ainda. Não estou nem mencionando estudar a parte “mecânica” e “transacional” da coisa – que dependendo da moeda, pode ser complicado – refiro-me a analisar oportunidades de negócio em si mesmas.E já que falei nisso…
  2. Estude mais ainda – Não esqueça de tentar pelo menos entender a parte conceitual, transacional e tecnológica da coisa. Se você vai colocar seu dinheiro lá, precisa saber como vai guardá-lo e protege-lo e como a coisa toda funciona.
  3. Nem tudo é Bitcoin – já comentei no artigo anterior: nem toda criptomoeda é Bitcoin, nem toda criptomoeda é igual e nem todas elas representam uma mesma oportunidade de negócios. Entenda como cada uma delas funciona e a que elas estão atreladas antes de colocar o seu dinheiro.
  4. Nem todas as carteiras digitais são iguais – e nem todas as traders (ou casas de câmbio, se preferir) são iguais – Existem especificações técnicas e recomendações para uso de carteiras específicas para cada moeda: sejam elas carteiras em hardware, na web, no pc. Prefira aquelas carteiras onde você é o responsável em guardar as moedas e não sites de terceiros que fazem este serviço para você.

Passado o susto inicial, é preciso olhar as oportunidades que estão além das moedas. Cada uma delas abre um mar de possibilidades:

A tecnologia blockchain e outras tecnologias similares

Uma das grandes revoluções da qual o Bitcoin é um dos ícones, é a tecnologia do Blockchain. Com esta tecnologia, contratos ou transações podem ser feitas de maneira distribuída e descentralizada, garantindo a validade e a autenticidade da mesma.

A tecnologia em si, permite vários usos (o mais óbvio é que ela mesma evolua e permita novos tipos de modelos de blockchain, tais como o Ethereum ou IOTA) mas talvez quando esta tecnologia é aplicada possamos começar a ver iniciativas bem interessantes para a validação de contratos e transações.

ICO – Initial Coin Offer

ICO é a abreviatura de Initial Coin Offering (Oferta inicial da moeda). O nome veio derivado do mercado de ações, onde temos a Initial Public Offer – IPO. Na prática, significa que alguém oferece aos investidores algumas unidades de uma nova criptomoeda em troca de Bitcoin ou Ethereum. Estas criptomoedas são então usadas para financiar coletivamente o desenvolvimento de um novo projeto ou moeda.

Em termos práticos, comprar uma nova moeda através de um ICO, pode significar que você está investindo numa nova moeda, numa nova empresa, numa nova tecnologia ou num novo produto. Até mesmo o Brasil já tem alguns projetos em ICO.

Um dos projetos bacanas que estão sendo oferecidos através de ICO (através de token sale), por exemplo é do app Taylor, liderado pelo Fabio Seixas. O Taylor é uma ferramenta para monitorar o mercado de criptomoedas e ajudar a você a acompanhar e tomar decisões de compra e venda de forma automática. Em poucos dias a empresa atingiu metade do objetivo da token sale.Todo o processo está rolando a partir desta semana e está bem explicado aqui.

Isso tudo é pra você?

Para algumas pessoas, isso tudo pode parecer complicado demais. Para outras, uma grande oportunidade de negócio que ninguém está olhando. Caberá a você analisar e tomar as suas próprias decisões.

* Silvio Eberardo é investidor e trader desde criancinha, quando economizava suas balas Juquinha para trocar por Chokito na cantina da escola. ;-D

Curtiu?

Então dá um clique no coração! 😎 Compartilhe também esse post em sua rede social preferida, deixe um comentário ali embaixo e assine a minha newsletter!

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Email

2 comentários em “Navegando muito além do Bitcoin…”

  1. Silvio,
    Achei muito interessante o artigo, assim como a análise de diferentes temas sobre as criptomoedas. Acho que uma das coisas mais interessantes é poder abrir os olhos a algumas realidades que vão muito além das criptomoedas e da tecnologia que as sustentam. Diria que é uma breve análise que tem como base a psicologia do cidadão diante de elementos que podem causar certas inseguranças.
    Alguns elementos que acho importante ressaltar:
    1. Muitos “expertos” sobre o tema não sabem quase nada do tema. O problema é que como são os especialistas, levam muita gente atrás deles. Com uma pequena opinião desinformada, desinformam a muitos que não querem ter o trabalho de formar uma opinião própria.
    2. Mais profundo que o tema das moedas é o tema da tecnologia que as sustenta, por exemplo, o blockchain. O problema é que conhecer os processos por atrás delas é bastante complicado, são poucos os que se esforçam de explicar-las aos que menos condições de entendimento têm.
    3. Com esses dois elementos vem uma conseqüência terrível. PERDEMOS OPORTUNIDADES!!!! Não ganharemos dinheiro levantando uma pedra (e encontrando o tesouro perdido dos piratas que estava perdido por séculos), nem lograremos metas audazes sentados no sofá vendo a telenovela das nove. Como tudo no mundo, temos que nos esforçar por alcançar essas metas. E na era tecnológica, a base da vitória está nos dois pontos que você ressaltou: “é preciso estudar” E depois, “estude ainda mais”. Eu adicionaria mais um, para ser tomado com muita responsabilidade: quem não arrisca, não petisca.
    Grande abraço

    Responder

Deixe seu comentário!

Silvio Eberardo · 2024 © Todos os direitos reservados