Mudança ou não?

Albert Einstein disse que “a mente que se abre a uma nova ideia jamais volta ao seu tamanho original”. Quando encontrei com esta frase fiquei refletindo sobre o impacto que novas ideias e percepções podem ter sobre nós mesmos e consequentemente afetar a nossa realidade. O senso contrário poderia dizer que, na verdade, somos imunes as ideias e pensamentos, e que elas passam apenas inocentemente na nossa vida. Não geram impacto nenhum. Nenhuma mudança.

Deste pensamento, comecei a refletir sobre o tema da mudança, um tema que eu comecei a pensar há mais de 25 anos. Hoje mais do que nunca a mudança é perceptível em muitas coisas externas. A tecnologia nos deixa perceber que tudo muda o tempo todo. iPhone, Uber, Facebook, Netflix, Airbnb, etc. Nada disso existia há poucos anos. Bom, essa é a idéia relativamente velha, que eu já sabia, e é evidente.

A idéia que nós não vemos tão claramente – e que talvez na verdade resistimos um pouco a ver – é que nós mesmos mudamos e que tudo ao nosso redor também muda. Há em nós uma natural busca pela permanência, quando tudo ao nosso redor é uma evidência obvia para a impermanência.

Nós gostamos que as coisas mudem. Porém, quando muda algo que é uma realidade que nos não queremos que mude, ficamos preso a ela. Nos agarramos a ela. Não percebemos que a mudança faz parte da nossa vida, não de forma sutil – embora em vários níveis. Nascemos, crescemos, envelhecemos. Algumas pessoas permanecem conosco por um longo tempo, outras se vão. Há uma reflexão grande aqui sobre a nossa maneira de agarrar e soltar as coisas, e a nossa intensa dificuldade (ou natureza?) de lidar com isso. Não é a minha proposta neste momento.

Uma palavra que deve estar sempre presente na nossa vida neste contexto é re-significar. Seja para dar novos contextos a palavras cujo significado talvez esteja empoeirado na nossa mente, ou também para renovar significados que também estejam precisando ser levados á luz. Com um exercício sincero da busca da verdade sobre si mesmo, poderemos encontrar as respostas para as nossas perguntas mais profundas e inquietantes.

“É muito importante entender que a nossa felicidade e paz mental não provem da busca de segurança na permanência e estabilidade. Nossa felicidade vem de encontrarmos segurança na natureza sempre cambiante das coisas. Se nos sentimos felizes e, por conseguinte, somos capazes de flutuar na corrente, nada pode nos aborrecer. Porém, se construímos algo tão rígido, querendo que não mude nunca – um relacionamento, nosso emprego, qualquer coisa, quando o perdemos, ficamos totalmente fora do prumo. Em geral as pessoas pensam que a mudança constante das coisas é algo assustador. Mas, quando realmente entendemos que a verdadeira natureza das coisas de fato é fluir, mudar, aí ficamos completamente equilibrados, abertos e receptivos. Quando tentamos represar o fluxo, a água fica muito estagnada. Temos que deixar as coisas fluírem. Aí a água estará sempre fresca e límpida.” Jetsunma Tenzin Palmo

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