Quem quer viver para sempre?

Quando comparamos a expectativa de vida de uma pessoa dos anos 60 com agora, veremos que ela é quase o dobro. Existem teorias de que as tecnologias e descobertas médicas vão permitir que vivamos muitos anos mais do que vivemos hoje em dia e com qualidade. É muito provável que nossos filhos e netos consigam viver mais de 100 anos ou muito perto disso com naturalidade.

Enquanto ninguém descobrir como viver para sempre, tipo um highlander – que como bem mostra o filme, tem várias desvantagens – é possível que estejamos muito mais pertos de permanecermos “vivos” juntando tecnologias como áudio, vídeo e inteligência artificial.

Em 2016 a Adobe criou uma tecnologia que ficou conhecida como o “Photoshop da voz”, o Adobe Voco. Com esta tecnologia, a partir de um exemplo da voz da pessoa, o programa consegue reproduzir qualquer fala com a mesma voz da pessoa. Interessante?

Recentemente, agora mesmo em 2019, a Samsung criou uma tecnologia que permite criar vídeos a partir de uma só foto ou de várias fotos. Como uso de inteligência artificial analisando as imagens é possível “dar vida” a qualquer pessoa do passado, mesmo que ela nunca tenha sido gravada em vídeo. Claro, esta tecnologia pode ser usada para muitas cosias interessantes na indústria do cinema e entretenimento e educação, por exemplo.

Porém, com estas duas tecnologias muitas pessoas ficaram preocupadas com a quantidade de informação falsa que pode começar a ser gerada, os Deep Fakes – falsificações geradas em vídeo (especialmente para fins políticos) – onde pessoas dizem coisas que não disseram. Os impactos disso no nosso conturbado mundo são enormes. Mas estas são outras preocupações.

A terceira tecnologia que pode ser inserida no contexto da “imortalidade” é a inteligência artificial processando dados. Imagine que uma pessoa tenha gerado um conteúdo de informações (livros, textos, discursos, cartas, etc.) e que estas possam ser compiladas em uma grande massa de inteligência e contaria com as informações sobre o que e como esta pessoa pensa. Ou seja, por exemplo, podemos pegar os discursos de Churchill ou Hitler, seus escritos e pensamentos e recriar uma aplicação no celular que traz estes personagens a vida de novo e respondem pra você qualquer pergunta da forma que estas pessoas responderiam.

E como fazer no caso dos reles mortais como nós que não temos discursos ou livros ou etc.? A tecnologia de IA poderia ler por exemplo todos os nossos emails, comentários e publicações em redes sociais. Poderia ser somada com informações de trabalhos de escola, faculdade. Com isso ela formaria uma versão próxima da nossa maneira de pensar, entender e se relacionar.

É bastante assustador dizer que estas informações gerariam uma visão de quem nós somos. Mas nao deixa de ser verdade que parte de quem somos também estaria neste conteúdo. Assim, uma versão de nós mesmos estaria disponível, online, para os netos e bisnetos que nunca vamos conhecer. Quem sabe eles mesmos poderiam nos pedir uma opinião sobre alguma coisa, ou entender como faríamos em certas circunstâncias. Assustador? Empolgante? Quem quer viver para sempre?

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1 comentário em “Quem quer viver para sempre?”

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